Ilustração (Foto: Reprodução/Abril)
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral esteve em audiência na tarde desta sexta-feira (21/10) com a presidente Dilma Rousseff e apresentou números que mostrariam uma perda de 8% da receita do Estado, caso o projeto de partilha dos royalties do petróleo, aprovado pelo Senado, seja mantido. De acordo com o Governador, os números usados pelo senador Vital do Rêgo (PMDB/PB), relator do substitutivo sobre a partilha dos royalties, estão superestimados e reduzem o impacto para o Estado.
"Quando eu disse à Presidente que a previsão no projeto era de que a expectativa de produção chegasse a 5 bilhões de barris em cinco anos, ela mesma disse que é impossível", afirmou Cabral que teria dito ainda a presidente que o Estado do Rio de Janeiro teria uma perda de R$ 1,5 milhão. Segundo ele, Dilma teria "ficado impressionada" e dito que "iria analisar os números".
O Governador entregou à presidente uma nota técnica mostrando as perdas do Estado e dos municípios fluminenses. Informou, por exemplo, que todos os R$ 8,5 bilhões que seu Governo receberia em 2012 já estão comprometidos no orçamento. Desses recursos, R$ 6 bilhões seriam para pagar aposentados e inativos.
Cabral, no entanto, não quis responder se teria pedido a Dilma o veto ao projeto. Informou apenas que uma nova reunião foi marcada para a próxima quarta-feira (26/10), quando será anunciada a ampliação da produção da fábrica da Citröen no Estado.
Apesar de continuar batendo na impossibilidade de o Rio de Janeiro perder dinheiro (o Governador não aceitou nem mesmo dizer se aceita alguma perda para negociar no Congresso), Cabral baixou o tom do discurso. Afirmou que é preciso "sair do debate acalorado" e mostrar os números. "Temos de ir passo a passo. A conversa com o Congresso precisa ter muita serenidade", disse.
Fonte: Ururau
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