Luiz Celso Alves esteve sábado na delegacia acompanhando o caso

Telmo Filho

Após três dias dormindo sob um lençol no chão da 146ª Delegacia Legal (DL/Guarus), Dirceu Paes Borges, 29 anos, foi conduzido, na noite do último sábado, dia 27, por uma ambulância do 5º Grupamento de Bombeiro Militar (GBM) para a Casa de Custódia Dalton Crespo de Castro, na Codin. O diretor, Márcio Pontes, informou que Dirceu ficará na custódia recebendo atendimento médico como outros detentos. Mas, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/Campos, Luiz Celso Alves, disse que o preso não pode ficar na unidade carcerária.

Suspeito de ter matado o ex-presidiário Uoxinton Luiz de Oliveira, 37 anos, com uma facada no peito, crime ocorrido na última quinta-feira, 24, Dirceu só saiu do chão da delegacia com a intervenção de Alves que, na tarde de sábado, por telefone, explicou o caso ao delegado da 147ª Delegacia de Polícia (DP) em São Francisco de Itabapoana, Renato Perez, que encaminhou um ofício ao juiz de plantão da Comarca de Campos solicitando a internação do preso sob custódia. “Eu providenciei uma vaga no Hospital Ferreira Machado (HFM) para onde ele teria que ser levado e depois ser transferido para o Hospital Penitenciário Heitor Carrilho, no Rio de Janeiro. Já que isso não foi feito, amanhã vou até a Casa de Custódia acompanhar o caso de perto. Lá, Dirceu não pode ficar”, relatou.

Prisão – Dirceu foi preso no mesmo dia do homicídio, depois de ser linchado pelos moradores do Parque Aldeia. Para a Polícia Civil, ele confessou o crime e alegou legítima defesa. A vítima, Uoxinton, tinha passagem pela polícia por furto qualificado. O caso foi registrado na 146ª DL/Guarus.