Cabral continua irritado com o encontro de Dilma e Garotinho
Ao chegar ao Sambódromo no fim da noite de segunda-feira, para a segunda noite de desfiles do Grupo Especial, o governador Sérgio Cabral (PMDB) fez uma advertência pública à ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência da República.
Mostrando muita preocupação, Cabral disse que não aceitará que, no Rio, a ministra também suba no palanque do ex-governador Anthony Garotinho (PR), até aqui seu mais ferrenho opositor.
Dilma se reuniu com Garotinho no fim do mês passado, no Rio. Cabral disse que há uma equação eleitoral que "não fecha", e deu a entender que Dilma poderá perder seu apoio:
- Acho o seguinte: quando há dois palanques, pode ser um problema. Aqui, a equação não fecha. Como é que ela (Dilma) vai no mesmo dia para um palanque de situação e, depois, para um de oposição? Vai acabar perdendo o voto até da minha mulher.
Na véspera, Cabral conversou com Dilma no Palácio Laranjeiras, antes de os dois seguirem para o Sambódromo, onde assistiram juntos à passagem de três escolas de samba. Segundo testemunhas, o encontro teria sido "extremamente cordial".
Ainda no Sambódromo, um aliado próximo a Cabral chegou a dizer que já começaram as negociações para convencer Garotinho a sair do páreo em troca de alguma vantagem política. A notícia circulou na porta do camarote do governador, logo depois que Dilma foi embora.
Garotinho negou as negociações.
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