Agentes de endemia percorrem, inclusive aos sábados, os potenciais focos do mosquito da dengue

O registro de 35 casos de dengue em Campos no mês de janeiro, com o surgimento de sorotipos um e dois, deixa as autoridades da área da saúde em alerta. Em janeiro de 2009, foram apenas 5 casos e 32 durante todo o ano. As autoridades reforçam ações de combate ao mosquito Aedes aegypti e mantêm a situação controlada. A preocupação maior do Departamento de Epidemiologia é o surgimento do tipo mais grave da doença, o sorotipo dois.

No bairro da Coroa foram 11 casos entre os 35 registrados. O secretário de Saúde, Paulo Hirano, montou esquema especial de combate ao mosquito e de monitoramento da doença, com trabalho integrado entre as equipes médicas da Epidemiologia, do Centro de Diagnótico e Tratamento da Dengue e do Centro de Controle de Zoonozes (CCZ). “A população deve colaborar no combate às larvas do mosquito, evitando vasos com água para plantas e caixas d’água mal tampadas. Deve-se ter cuidado até mesmo peças pequenas, como tampas de garrafas de refrigerante, que acumulam água. e no Caju há incidência do sorotipo dois, no bairro IPS o sorotipo um prevalece. Por isso, a Secretaria de Saúde tem intensificado as ações também aos aos sábados.

Nova arma – Um novo larvicida, mais eficiente, o Diflubenzuron, já nos depósitos do governo do Estado, mas que ainda não chegou a Campos, provoca alterações genéticas nos mosquitos novos e seu ovo não reproduz. Além disso, a secretaria comprou cinco novos carros-fumacês para incrementar o combate. Eles estão na fase final de montagem e devem chegar na próxima semana.

Sobrevoo com helicóptero da Marinha norteou ações específicas

“No sobrevôo do helicóptero da Marinha foram achadas cerca de 20 casas fechadas com caixas d’água descobertas. O CCZ agiu e restam apenas seis caixas destampadas, em casas nas quais o órgão não conseguiu entrar, mas pretende solucionar esta semana ainda. Havia, ainda três piscinas desativadas no IPS, Codin e Aeroporto – problema também já solucionado. O que dificulta as atividades do CCZ são as pendências (imóveis fechados). Para resolver o problemas, o órgão vai fazer mutirões aos sábados”, concluiu Hirano.