Praias do Norte Fluminense, como Farol de São Thomé, em Campos, têm análise da qualidade das águas suspensa por tempo indeterminado
Vivianne Chagas
A Superintendência Regional do Baixo Paraíba do Sul (Supsul), do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), localizada em Campos acaba de mudar de sede. As novas instalações na Avenida José Alves de Azevedo (Beira-Valão) no Centro da cidade, ainda recebem ajustes e, portanto, as análises das águas nas praias da região sob a cobertura da Supsul, não estão acontecendo. Mas, de acordo com o órgão, sem as chuvas características do verão, a probabilidade de poluição das águas é pequena.
“Nós estávamos envolvidos em um programa de mudança, que fizemos por motivos operacionais. A sede anterior ficou pequena para abrigar toda a estrutura da superintendência. O laboratório também foi trazido para nova sede e em virtude da necessidade de energia ser maior do que a utilizada em torno do prédio, estamos com um problema na energia elétrica”, explicou o assessor técnico da Supsul, Sidnei Machado.
Com o laboratório sem funcionar, as análises das praias de São Francisco de Itabapoana, São João da Barra, Campos, Quissamã e Carapebus, cobertas pela superintendência, estão suspensas. “O problema aconteceu pela maior necessidade de energia do laboratório. Acredito que isso seja logo resolvido, recebemos um aviso da concessionária de energia da cidade (Ampla) de que amanhã (hoje) teremos a rede desligada das 9h às 12h, para manutenção. Enquanto eles não fizerem essa religação nós não vamos poder realizar os trabalhos no laboratório”.
A última análise feita em 2009, não apontou impedimento ao banho nas águas da região. Com exceção da Lagoa de Grussaí em São João da Barra. “Nós não recomendamos o banho na lagoa. Em torno dela houve a ocupação pelo homem, o que gerou sua poluição”. Sobre as praias, Sidnei explicou que a falta de chuvas contribui para a não poluição. “Ainda não aconteceram os períodos de chuva comuns no verão. A chuva, além dos seres humanos, é contaminante, porque lava os lugares e arrasta toda a sujeira para o mar. O grande problema nas águas são os microorganismos gerados por nós, principalmente na água doce, mas quando chega ao mar eles não sobrevivem a água salgada. A própria natureza se incumbe de fazer o trabalho antibactericida, por isso recomendamos aos banhistas para que após as chuvas, esperem no mínimo 24h antes de entrar no mar”.
Cobertura da Supsul
A Superintendência Regional do Baixo Paraíba do Sul abrange totalmente os municípios de Quissamã, São João da Barra, Cardoso Moreira, Campos do Goytacazes, Italva, Cambuci, Itaperuna, São José de Ubá, Aperibé, Santo Antônio de Pádua, Natividade, Miracema e Laje do Muriaé; e parcialmente os municípios de Trajano de Moraes, Macaé, Conceição de Macabu, Carapebus, Santa Maria Madalena, São Francisco de Itabapoana, Porciúncula, São Fidélis e Varre-Sai.
As Bacias Hidrográficas correspondentes são: a Bacia do Muriaé, Bacia do Pomba, Bacia do Pirapetinga, Bacia do Córrego do Novato e adjacências, Pequenas bacias da margem esquerda do Baixo Paraíba do Sul, Bacia do Cacimbas, Bacia do Muritiba, Bacia do Coutinho, Bacia do Grussaí, Bacia do Iquipari, Bacia do Açu, Bacia do Pau Fincado, Bacia do Nicolau, Bacia do Preto, Bacia do Preto Ururaí, Bacia do Pernanbuco, Bacia do Imbé, Bacia do Córrego do Imbé, Bacia do Prata, Bacia do Macabu, Bacia do São Miguel, Bacia do Arrozal, Bacia da Ribeira e Bacia do Marapebus.
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